Eric Balbinus
Dirigir o Corinthians neste momento não é fácil, já que a R&T deixou cenário de terra arrasada. No entanto havia apoio por parte da torcida, sobretudo diante das muitas promessas que Augusto fez na campanha. Que o clube seria pautado pelo profissionalismo, que haveria choque de gestão e não seria mais um clube de amigos.
Pois bem, primeiro mês de gestão.: Rubão diretor fazendo lambança no futebol e presenteando nossos rivais com a maldita lacrada “a farra acabou”. Diz que se reuniu com jogador X, que acertou com y e apalavrou com w. Afirma ter fechado com dois jogadores. Um deles vai embora as vésperas do início do campeonato, outro treina uma semana e vai embora. Diz que vai manter o técnico e o demite no dia seguinte. Vai atrás de outro sem saber que ele não poderia atuar no campeonato. Agora faz reunião com organizadas para consultar nomes, sendo que uma das sugestões foi um escorraçado do clube na gestão anterior após vários protestos por um crime do passado.
A Renovação e Transparência foi terrível para o Corinthians, mas a indecisão, volatilidade, amadorismo e populismo de Augusto Melo marcam seu primeiro mês. O Corintiano se desespera diante das cabeçadas, dos desencontros e recuos de uma gestão que tem acertos, mas que fabrica crises em escala industrial. Ninguém lamenta a derrota de André Negão, mas certamente ninguém esperava que o capital político de Augusto fosse envelhecer como leite.
Se ele não se emendar no amadorismo, mentiras e imposturas é capaz de nem terminar o mandato. Óbvio que escrevo sem nenhuma alegria, já que torci por sua vitória e nem nos piores pesadelos esperei um início tão desastroso no que diz respeito as responsabilidades dele. Só não está completamente perdido porque Rozallah Santoro mantém o nível de sanidade, ética e profissionalismo. Inclusive nem parece pertencer ao mesmo grupo.