Greg Rolim
A demissão de Tiago Nunes, justa ou não, ocorreu em um momento delicado da administração corinthiana, um eleitoral. Demitir o técnico para dar resposta aos torcedores é uma prática comum no Brasil, mas sempre acompanhada desta, vem a contratação de um nome mais experiente e de agrado da maioria, certo? Não em um Corinthians prestes a decidir seu novo presidente.
Coelho tem sido o tampão, aquele que não agrada geral mas serve pra todo mundo. É o que temos até as eleições e vamos empurrando até onde der. Mas e o risco dessa decisão? São 5 partidas, 1 vitória e apenas 33% de aproveitamento. Longe de ser o único responsável e com parcela do elenco no rendimento pífio, está claro que precisamos de um novo treinador.
Mas só depois das eleições?
Até o dias das eleições, 28 de novembro, o Corinthians irá disputar 10 jogos pelo Brasileirão, mas não são qualquer jogos.
Entre os adversários, 5 estão na parte de cima da tabela e brigando por Libertadores e título (Santos, Vasco, Flamengo, Internacional, Atlético Mg).
Os outros 5, considerando o cenário atual, são concorrentes diretos na parte de baixo da tabela (Coritiba, Atlético-GO, Atlético-PR, Grémio, Ceará).
Ou seja, até o dia da eleições o Timão irá disputar 30 pontos. Sinceramente, o panorama não é nada positivo.
Também, de nada vale vir um técnico que não dê uma sacudida nos jogadores, que não resgate a identidade raçuda e guerreira de um clube que mesmo tendo um elenco limitado, em diversas vezes na sua história, nunca deixou de dar o sangue e deixar o máximo em campo.
Não sei quem deve ser esse nome.
A certeza é que não se pode esperar até 28 de novembro.
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