Luxemburgo lançou quatro campeões mundiais e rendeu milhões em vendas ao Corinthians; relembre
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Por Tomás Rosolino
Luxemburgo pretende lançar vários jogadores da base do Corinthians na equipe profissional, dando minutos em campo para desenvolver tanto a parte técnica quanto a possibilidade de fazer dinheiro com esses atletas. E qual é o histórico do treinador nas duas primeiras passagens pelo clube? O Meu Timão relembra.
Em 1998, o treinador promoveu os primeiros jogos pelo profissional dos laterais Índio e Kléber, do volante Edu e do centroavante Fernando Baiano, todos eles campeões mundiais pelo clube em janeiro de 2000, menos de dois anos depois. Índio e Kléber foram titulares na decisão contra o Vasco, enquanto Edu e Fernando entraram em campo durante o jogo e até bateram pênaltis.
Além deles, outro atacante que recebeu as primeiras chances foi Ewerthon, que se firmou no clube justamente em 2001, no retorno de Luxemburgo. Com o treinador, foi destaque nas campanhas do título Paulista e do vice da Copa do Brasil daquele ano.
Já na segunda passagem, com vários jovens que permaneceram no clube após serem lançados por ele, Luxa diminuiu um pouco na utilização de nomes que saíssem do Sub-20 - a geração, vale lembrar, também não era das mais destacadas.
Foi com ele, porém, que o atacante Gil tornou-se titular absoluto da equipe, já no começo da temporada 2001. Gil é, até hoje, terceiro colocado entre os principais artilheiros do Corinthians neste século.
E o dinheiro?
Luxemburgo reconheceu que lançar jogadores também faz parte do negócio do futebol e o seu passado no clube atesta isso. Edu, por exemplo, foi vendido por 10 milhões de dólares para o Arsenal, em 2000, sendo até hoje a quinta maior negociação da história do Corinthians.
Outros também tiveram vendas marcantes para a época, como o atacante Ewerthon (6,5 milhões de dólares para o Borussia Dortmund, da Alemanha) e o lateral-esquerdo Kléber (3,2 milhões de euros para o Basel, da Suíça).
Ao todo, esses seis atletas renderam cerca de 23 milhões de dólares ao Corinthians nas suas saídas. Utilizando a correção pela inflação, foram R$ 180 milhões aos cofres alvinegros provenientes dos jovens lançados por Luxa.
E na Seleção?
Luxemburgo também não teve amarras para lançar jovens jogadores na Seleção Brasileira. Com a premissa de deixar uma base montada e desenvolver jogadores para a disputa das Olimpíadas de Sidney, ele foi o primeiro a dar chances a nomes como os laterais Felipe e Serginho, o meio-campista Juninho Pernambucano e os meias Alex e Ronaldinho Gaúcho, chamados ao time pela primeira vez na carreira sob o comando de Luxa.
Outros nomes históricos do futebol nacional também ganharam suas primeiras chances como titular na passagem dele pelo Brasil. Iniciaram sua primeira partida com a Amarelinha na era Luxa o goleiro Rogério Ceni, o volante Vampeta, o meia Marcelinho Carioca e o atacante Amoroso.