Romeu Tuma Jr., presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, detalhou os momentos de tensão vividos após a invasão de membros da Gaviões da Fiel ao Parque São Jorge. O episódio ocorreu na última quinta-feira em meio a outro tropeço no Brasileirão.

Depois de invadirem o CT Joaquim Grava, os integrantes da torcida organizada foram à sede social do Timão para encontrar membros da diretoria. O clima esquentou quando torcedores entraram pelo estacionamento e pularam as catracas do local. Tuma relembrou o momento antes de se deparar com os torcedores.

“Estava no terceiro andar, na sala do conselho, em uma reunião com a comunicação do Corinthians. Fui chamado pelas secretárias do quinto andar, apavoradas com o que estava acontecendo. Subi para tentar protegê-las”, disse o presidente do Conselho Deliberativo em entrevista à ESPN nesta sexta-feira.

“A porta foi fechada e eu fiquei entre torcedores e a porta de vidro. Fui ameaçado. Acho isso um absurdo, inadmissível. Qualquer manifestação pacífica, com busca de diálogo, é legítima. É a democracia e faz parte da história do Corinthians. Mas esse tipo de movimento com ameaça, agressão, danos...sou absolutamente contra. Isso não contribui com nada, só tumultua ainda mais o ambiente e afasta as pessoas que querem ajudar o clube, afasta patrocinador”, concluiu.

Depois de conversa com o presidente Augusto Melo, os quase 40 integrantes da Gaviões deixaram o Parque São Jorge acompanhados da Tropa de Choque da Polícia Militar de São Paulo. O Timão, horas depois do ocorrido, lamentou a invasão de suas propriedades, enquanto a torcida organizada justificou a atitude em nota oficial.

Além disso, o presidente do CD corinthiano voltou a falar brevemente sobre um possível impeachment de Augusto Melo. Romeu Tuma, no entanto, minimizou as chances e comentou que os grupos se reúnem diversas vezes para diferentes temas, caso desta sexta-feira, em reunião do órgão.

“A reunião que tem hoje eu convoquei há dias. É com representantes e líderes das chapas do conselho, representantes da comissão das mulheres. É um colégio de líderes que eu criei para tratar de assuntos de rotina do Conselho Deliberativo. Acho que estão confundindo", disse.

“Há outras reuniões que essas chapas marcam, mas entre elas e para discutir coisas internas. Esses grupos marcam reuniões entre si. Isso vaza, e num ambiente de conturbação que está, as pessoas acabam confundindo. Não chegou a mim nenhuma conversa desse tipo. Nenhum agendamento de qualquer chapa. Nem de situação e nem de oposição sobre moimento de renúncia. Para mim só chegam os assuntos técnicos”, finalizou.

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