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Dívida total do Corinthians volta a crescer em balanço de 2022 mesmo com receita recorde; veja

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Wesley Melo, diretor financeiro do Corinthians, no canto esquerdo, ao lado de Duilio Monteiro Alves

Wesley Melo, diretor financeiro do Corinthians, no canto esquerdo, ao lado de Duilio Monteiro Alves

Rodrigo Coca / Agência Corinthians

O balanço financeiro de 2022 do Corinthians foi aprovado pelo Conselho Deliberativo na noite de terça-feira, assim como já tinha acontecido no Conselho Fiscal e no Conselho de Orientação (Cori). O portal Meu Timão teve acesso ao documento, que traz uma boa e uma má notícia ao torcedor.

A boa notícia é a receita bruta, novamente recorde histórico para a instituição: R$ 766,2 milhões. O valor é cerca de 50% maior da receita do ano passado, quando o clube registrou R$ 503 milhões, então a maior do clube.

As principais fontes dessa receita bruta recorde (R$ 766,2 milhões) foram as seguintes:

  • R$ 314,3 milhões - Direitos de TV;
  • R$ 107,8 milhões - Patrocínios;
  • R$ 97,3 milhões - Arrecadação dos jogos (bilheteria);
  • R$ 90,1 milhões - Repasse de direitos federativos (venda de atletas e mecanismo de solidariedade);
  • R$ 53,3 milhões - Receitas de marca (licenciamento, franquias, royalties, Fiel Torcedor, loteria e receitas diversas);
  • R$ 48,5 milhões - Explorações comerciais (locações, como teatro, memorial, salão nobre, pontos comerciais, eventos e parcerias);
  • R$ 16,6 milhões - Contribuição de associados (venda de títulos patrimoniais e mensalidades);

"Nossa receita aumentar 50% de um ano para o outro é algo extraordinário, sem dúvida. Poucas empresas no país conseguem obter um upgrade como esse, algo que o futebol proporciona e um clube do tamanho do Corinthians mais ainda", reforçou Wesley Melo, diretor financeiro do clube ao Meu Timão.

Vale lembrar que todas as premiações dos campeonatos que, inclusive ficaram acima do orçado pelo clube, entram como receita dentro do item Direitos de TV, já que são repassadas pelos detentores das transmissões (TV Globo, Conmebol, CBF, etc).

O clube tinha orçado, por exemplo, oitavas de final para Libertadores e Copa do Brasil, mas foi até quartas e final, respectivamente. No Brasileirão, o orçado era sétimo lugar, mas acabou em quarto lugar.

A má notícia

Apesar de fechar no azul o ano fiscal de 2022 - R$ 12,2 milhões de superávit na equação receitas x despesas -, o balanço financeiro do Corinthians trouxe uma má notícia ao torcedor: o aumento da dívida total.

Após fechar o ano de 2021 com uma dívida de R$ 912 milhões, o clube tinha um endividamento de R$ 945,5 milhões em setembro (fechamento do último balancete, panorama que não deve ser tão alterado após a inclusão dos últimos três meses do ano).

Três fatores contribuíram para esse aumento da dívida total: um incremento nas despesas operacionais (de pessoal, gerais e administrativas), o gasto com aquisições de atletas e comissão técnica e os juros de empréstimos e impostos (governamentais, inclusive).

"Eu não enxergo essa diferença da dívida total de maneira negativa. Na minha visão, numa análise mais técnica da situação, o clube estabilizou a dívida no mesmo patamar mesmo diante de dois cenários importantes. Cenário um: o aumento da taxa de juros, que era 2% em 2020 e hoje está na casa dos 14%. Cenário dois: a aquisição de um jogador importante, por um valor importante, que foi o Fausto Vera, que foi contabalizada em sua totalidade, apesar de ter sido uma aquisição de forma parcelada. Se você apenas tirar essa aquisição, esse valor da dívida total já cairia bastante", explicou Melo em rápida conversa com o Meu Timão.

Menos mal

O que significa um aumento das receitas, mas um aumento da dívida? Como fica essa equação? Nessa relação endividamento x receita, o saldo segue negativo. Mas, em 2022, é o menor saldo negativo do Corinthians dos últimos anos. A saber:

  • 2019 - R$ 783,7 milhões x R$ 426,4 milhões (R$ 357,3 milhões, representando 1,8 ao dividir um pelo outro);
  • 2020 - R$ 949,2 milhões x R$ 464,3 milhões (R$ 484,9 milhões milhões, representando 2,0 ao dividir um pelo outro);
  • 2021 - R$ 912 milhões x R$ 502,5 milhões (R$ 409,5 milhões, representando 1,8 ao dividir um pelo outro);
  • 2022 - R$ 945,5 milhões x R$ 766,2 milhões (R$ 179,3 milhões, representando 1,2 ao dividir um pelo outro);

Veja mais em: Diretoria do Corinthians, Duílio Monteiro Alves, Ações de marketing e Parque São Jorge.

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