Emerson Sheik está atento às últimas notícias ligadas ao Corinthians – muito provavelmente também ao fórum do Meu Timão. O atacante sabe que o clube carece de um centroavante que possa substituir Jô e não sentir o peso de uma disputa de Copa Libertadores da América. Nesta sexta-feira, em entrevista coletiva no CT Joaquim Grava, ele aproveitou a ocasião para se colocar à disposição de Fábio Carille como camisa 9.

Às vésperas do clássico contra o Santos, domingo, no Pacaembu, Sheik explicou que jogou centralizado em 2017, quando defendeu a Ponte Preta. Segundo ele, voltar a atuar por ali é possível e dependerá somente do desejo do técnico alvinegro.

“Na minha última temporada pela Ponte eu não joguei mais pelos lados, fiquei mais centralizado. Quando se trata de Corinthians, onde te colocam você tem que jogar. A concorrência é grande, aqui há atletas qualificados, com totais condições de entrar bem. Jogar todo mundo quer”, afirmou Emerson, que evitou qualquer declaração em tom de provocação ao Santos.

Herói do Corinthians na decisão da Libertadores-2012, ocasião em que marcou os dois gols da vitória sobre o Boca Juniores, Sheik revelou acompanhar de perto a busca incessante da diretoria por um camisa 9. Do fim do Brasileirão-2017 para cá, o Timão negociou com Henrique Dourado, Gilberto e Alex Teixeira, mas não fechou com nenhum.

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Experiente e multicampeão, Emerson opinou a respeito do assunto e tentou, diante da imprensa, explicar por que o Corinthians, já em meio à fase de grupos da Libertadores, não possui um centroavante de ofício no elenco.

“Eu não tenho o hábito de assistir TV, mas tenho o hábito da leitura. Sempre estou vendo matérias de vocês e noto essa dificuldade de encontrar um camisa 9, cara de área, finalizador. Não sei por que da falta. Talvez a resposta esteja na base dos clubes, de investir mais esses atletas, estar capacitando jovens... É uma pergunta difícil, mas que está em falta, está. Os que têm, os clubes estão segurando, o que impossibilita trocas”, declarou o atacante, antes de citar as alternativas táticas de Carille (4-1-4-1, 4-2-3-1 e o atual 4-2-4).

“Em relação a contratações, quem vem, quem vai, não cabe aos atletas. Isso é do Fábio, da direção. Sobre a parte tática, encaixou em 2012 esse formato. O Corinthians ganhou vários títulos. O Fábio fez uma mudança agora contra o Palmeiras nesse formato, ganhamos bem. Agora, contra o Millonarios, começamos mais ou menos com essa ideia, tivemos um primeiro tempo em que eles marcaram forte, dificultando nosso jogo, e no vestiário mesmo ele mudou. Ele trabalha isso no dia a dia, não temos uma forma só de jogar. Existem algumas fórmulas para poder escolher. Temos um treinador extremamente competente, campeão, que vai entender a melhor maneira de jogar para cada partida”, completou.

Com Sheik provavelmente no banco de reservas, o Corinthians encara o Santos neste domingo, às 17h, no Pacaembu, pela décima rodada do Campeonato Paulista. O embate, como antecipou o Meu Timão, será o primeiro da equipe no estádio sem a presença da Fiel.

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