No estudo do futebol enquanto esporte, o chamado “ponto futuro” é o local onde se espera que a jogada atual vá desenrolar. O local no campo onde o atleta estará, dentro de instantes, para receber um passe. Dominar esse fundamento é essencial para o elemento surpresa contra um adversário, já que o time não está simplesmente plantado em campo. Apenas trocando de posse de maneira estática, sem agredir o oponente. Lançar a bola no ponto futuro requer que o passador e o receptor estejam em sintonia, capacitados e bem treinador para a execução da filosofia de jogo.

Isso posto, quero chamar a atenção para um lance na partida de ontem no qual o craque Giuliano demonstrou que consegue levar esse conceito para outro patamar. Giuliano inventou o passe no ponto futuro do multiverso. Explico logo a seguir.

Para olhos destreinados pode parecer que ele simplesmente cometeu um erro, já que passou a bola para um local do campo onde só havia um oponente, mas o que vocês não sabem é que dentro de uma realidade alternativa – em um outro universo que existe em paralelo ao nosso – havia um jogador do Corinthians chegando no lance para dominar a pelota e seguir impávido rumo à meta adversária.

Giuliano é tipo um Doutor Estranho do ludopédio. Um mutante futebolístico. Um cidadão do futuro. Léguas à frente desse contexto contemporâneo arcaico que compartilhamos. Um visionário. Um gênio!

Parafraseando Falgner (amálgama de Walter e Fagner, que melhor resume a fase corpórea de nosso lateral), só daremos valor a esse ídolo quando ele for embora.

Em tempo, nessa realidade paralela, o Giuliano consegue enfim saciar seu maior desejo, que é jogar futebol de fralda, utilizando kilos de Hipoglós em sua partes íntimas, usualmente assadas.