Corrigindo: O Racing que foi pros Play Offs é o uruguaio. Acabei confundindo com o argentino, que não pegaremos, até então, nas oitavas.

Entre os times:

Bragantino, Barcelona, Athletico-PR, Cerro Porteño, Cuiabá, Palestino, Universidad Católica-EQ, Libertad, Boca Juniors, Ind. Del Valle, Always Ready, LDU, Racing, Rosario Central, Internacional (ou Delfín), Huachipato (ou Grêmio).

Dos que eu gostaria que o Corinthians não enfrentasse, de forma alguma:

1 - Nenhum argentino (Boca, Rosario, Racing) - tudo bem que a gente tem tido uma boa campanha contra argentinos nos últimos jogos, mas é sempre uma pressão jogar lá e isso, ora ou outra, pode complicar... Especialmente em La Boca;

2 - Always Ready - justamente pela altitude. O Hernando Siles, mando de campo de Always Ready, é o 7ª estádio em altitude no mundo, o que dificulta muito para quem não tá acostumado. Fora que o Hernando Siles é um estádio meio complicado para os brasileiros. A gente fala de La Bombonera mas acaba esquecendo do Hernando Siles: um estádio temido, em minha opinião, e que tem uma certa mística. Não pela pressão da torcida, mas pela pressão atmosférica mesmo. Em competições, os times bolivianos bateram os brasileiros 20 vezes neste estádio, e os brasileiros venceram apenas 8 vezes. Sem falar na quebra do tabu da Bolívia contra o Brasil, nas eliminatórias de 1993, e os 6 – 1 no Massacre de La Paz sobre a Argentina pelas eliminatórias de 2009. Enfim, um estádio que eu prefiro que o Corinthians passe bem longe!

3 - Ind. Del Valle - pedra no sapato de muitos brasileiros, eliminando times fortes como São Paulo, Flamengo e o próprio Corinthians. Timinho complicado.

Dos que eu gostaria que o Corinthians enfrentasse:

1 - Delfín SC - clube equatoriano sem grandes problemas, que tem sua sede próximo ao litoral, sem grandes altitudes. Único b.o é a distância;

2 - Cerro Porteño/Libertad - times que não tem grandes torcidas, pressão bem pequena e um histórico favorável nos confrontos para o Corinthians, fora a logística.

Como passamos com 13 pontos e com um saque de gols +12, ficamos atrás apenas do Racing da Argentina e, quem sabe, do Furacão (a depender do jogo de agora).

Definir boa parte dos jogos em casa é uma coisa muito boa.

Só neste fim de semana, alguns dias depois, que fui fazer uma análise das mídias argentinas.

Na mídia esportiva brasileira a gente sabe... Sempre buscam alguma forma de subestimar o time. 'Ah, porque o Argentinos Juniors é fraco, a porque o Corinthians pegou um grupo fácil, ah porque foi por conta dos erros do adversário'... Nunca ganhamos por mérito, mesmo no melhor jogo que fizemos no ano até agora!

Abaixo, uma análise do Olé argentino:

'Com claros erros defensivos, onde ele concedeu vantagens não forçadas em segundo plano, a equipe de La Paternal acabou sendo batido por um Timão contundente, que nos primeiros 45 minutos já venceu por 3-0. E ele não terminou lá, mas fechou o placar no final com um gol de Fausto Vera, ex-AAAJ, para ampliar ainda mais o resultado'.

TYC Sports

'E após o empate dos meios dos argentinos e outro erro, Yuri Alberto marcou o segundo em sua conta pessoal e o terceiro para o Corinthians, que liquidou a partida a 43 minutos do primeiro tempo'.

¡EL Timão APLASTÓ AL BICHO Y LO BORRÓ DE LA SUDAMERICANA! Corinthians 4-0 Argentinos RESUMEN

Acima, título de um vídeo que, infelizmente, ficou fora do ar.

Na América Latina somos temidos, respeitados.

Esse papo de que Corinthians é cachorrinho com os de fora não me pega, principalmente contra argentino. Somos matadores, carrasco dos hermanos, e somos temidos em competições internacionais por eles. Ninguém quer cruzar com Corinthians.

Tenho visto muitos descontentamentos nos últimos dias. Isso faz parte, e não tiro a razão. A final, nenhum fiel quer ver o Corinthians passando sufoco. Mas, devemos nos atentar a certas questões:

1 - A cobrança tem que vir, e tem que vir junto a paciência

Acho que se tem uma coisa que atrapalhou e muito o andamento do time no ano passado foi a mudança repentina de treinadores. Pô! Foram quantos? Fernando Lázaro, cuca, Luxemburgo, Mano Menezes, fora os treinadores interinos em alguns jogos, incluindo o Danilo. Antonio Oliveira teve, até agora, 17 jogos. Destes 17 jogos, foram 9 vitórias, 4 empates e 4 derrotas, num aproveitamento de quase 61%. Ainda assim, é mais que Luxemburgo e Mano Menezes. Tá certo! Não é ideal? Não! Mas é preciso tempo, e apenas 4 meses não são suficientes.

Acho que o fato de treinador ouvir a torcida e deixar o Cássio no banco já diz muita coisa.

2 - Cuidado com as comparações

Ah, mas olha o Palmeiras, olha o Santos, olha o Flamengo! Eu acho que o Corinthians precisa melhorar, e muito! Mas não dá pra comparar o time nesta situação com outros times. É preciso comparar com o próprio time. Estamos muito melhores que o ano passado. Lembrando que no ano passado perdemos para o Paysandu fora de casa, num sufoco pra tentar reverter na Arena Corinthians. Tomou sufoco para o América de Natal, mas ganhou fora de casa; e não pela primeira vez - fato que quase não se deu em 2023.Ainda assim, coisa que não tinha antes: por mais que houve espaços, houve falhas da defesa etc, tivemos uma certa capacidade de reação; mesmo após o gol dos caras. Fato, também, que não acontecia antes.

Pode parecer uma questão pífia, mas diz uma certa evolução nesse quesito. Passamos por uma turbulência nos últimos jogos, e espero recuperarmos. Pra isso, mais uma vez, paciência! Tite foi cobrado após a derrota para o Tolima em 2011, e pediram que saísse. Da mesma forma, pediram que saísse quando perdemos para o Avaí no Ressacada, depois da derrota para o Cruzeiro e as falhas de Renan.

Não é questionando. Só dúvida mesmo

Grupo A (Def. Y Justicia, Medellín, César Vallejo e Always Ready) - Na minha opinião, o grupo mais equilibrado do torneio. Não sei se chega a ser um grupo da morte, mas todos os times tem algo a seu favor. Def. Y Justicia e Medellín são times mais tradicionais, e Vallejo e Always Ready jogam em altitudes extremas. Eu acho que passam Def. Y Justicia (1ª) e Always Ready (play-offs);

Grupo B (Cruzeiro, La Calera, Univ. Católica e Alianza) - Na contramão, o grupo mais fácil... Para o Cruzeiro. Sem grandes altitudes e grandes times de destaque. Creio que passam Cruzeiro (1ª) e La Calera (play offs);

Grupo C (Inter, Delfín, Belgrano e Real Tomayapo) - Grupo tranquilo também, sem grandes altitudes. Inter (1ª) e Delfín (play-offs);

Grupo D (Boca, Fortaleza, Nacional Potosí e Sportivo Trinidense) - Diferentemente, um grupo bem difícil. Boca é um time tradicional em competições internacionais, com camisa de peso. Fortaleza tem crescido muito e, cada vez mais, se destacado. O Potosí joga exatamente a 4070 m de altitude, dificultando a vida de brasileiros e argentinos. Certamente, o grupo da morte absoluto do torneio não é o do Corinthians. Passam Boca (1ª) e Fortaleza (play-offs);

Grupo E (Athletico-PR, Danubio, Ameliano e Zuliano) - Os dois últimos times de menor destaque. Apesar do Danubio não ser tradicional em competições internacionais, é um dos grandes times do Uruguai, o que pode dificultar a vida do Athletico-PR talvez, que passa em 1ª e o Danubio para os play-offs;

Grupo F (Corinthians, Argentinos Juniors, Racing e Nacional) - Grupo mediano, mas que dá pra passar. Nossa chance de nos vingar dos Argentinos. Racing é o clube mais fácil, acredito. O Nacional, apesar de menos peso de camisa, é um dos grandes do Paraguai e pode surpreender. O bom desse grupo é que as viagens serão relativamente curtas. Acho que o Corinthians passa em 1ª e o Argentinos para as play-offs.

Grupo G (Lanús, Metropolitanos, Cuiabá e Garcilaso) - Aqui também envolve o fator altitude, pelo Garcilaso; o que pode dificultar, inclusive para o Cuiabá. Lanús não é um time ruim. Acho que passam Lanús (1ª) e Cuiabá (paly-offs);

Grupo H (Racing, Coquimbo, Luqueño e Bragantino) - Grupo ardido, pelo Racing e Bragantino. Talvez um pouco equilibrado, ou posso estar exagerando. Na minha opinião passam Bragantino (1ª) e Racing (play-offs).

Outro dia dou minha opinião sobre a Libertadores.