A contratação de Chrystian Barletta deveria servir de exemplo para o Corinthians
Opinião de Victor Godoy
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Menos de seis meses depois de chegar, Chrystian Barletta deixa de ser jogador do Corinthians e passa a defender, de forma definitiva, o Ceará. A contratação, que claramente deu errado, deveria servir como exemplo para o Timão.
Não jogou. Não foi pago. Não deu lucro. Essa tríade devia servir como norte à diretoria atual e futuras de como não realizar uma negociação.
O insucesso de Barletta mostra que cada vez há menos espaço para essa lógica antiquada de “apostas de mercado”. Apostar na fórmula de destaque a nível estadual dava certo anos atrás, mas atualmente não dá mais.
Os clubes de mais alto nível na Europa possuem scouts de mercado para garimpar os melhores nomes para reforçar seus respectivos elencos. No Brasil, vemos os casos de Botafogo, Fortaleza e Athletico-PR já investindo nesses setores e tendo resultado. Muitas vezes com valores mais amistosos do que nas tais “oportunidades de mercado”. Enquanto isso, o Cifut não é sequer citado no Parque São Jorge. São poucos dados e muitos palpites.
Foram - ou deveriam ter sido - desembolsados R$ 6 milhões para contar com a revelação do Paulistão de 2023. À época, Fernando Lázaro apostou bastante no nome. No fim, Barletta atuou por apenas 169 minutos e passou dois meses sumido até ir para o Ceará. As atualizações mais recentes haviam sido testes do jovem de 22 anos na lateral esquerda numa tentativa de Luxemburgo “resgatar” o jogador e a notícia de que o Corinthians nunca havia pago o São Bernardo pela transferência.
Assim sendo, Chrystian Barletta deveria servir como símbolo de que esse modelo antigo de negócio, de arriscar e, eventualmente, acertar, não funciona mais.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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