Forrest Gump
Pronto.
Temos o fiscal de lágrimas.
Agora o mundo pode acabar.
em Análise dos jogos > Menos fiel. Nunca vi um ídolo tão frio
Em resposta ao tópico:
Nunca vi um ídolo corinthiano tão frio como foi Cássio Roberto Ramos em seu último vídeo e sua última coletiva no Parque São Jorge. Sem nenhuma conexão com o que é ser Corinthians de verdade. Em nenhum momento expressou o sentimento do que representou pra ele vestir o manto alvinegro – a “segunda pele” pra usar a expressão do ídolo de verdade – o maior de todos – Marcelo Pereira Surcin (MARCELINHO CARIOCA).
A importância de Cássio para as conquistas recentes que acabaram com as piadas dos rivais (Libertadores) é inegável. A sua atuação no mundial de clubes de 2012 é inesquecível – uma das maiores atuações de um goleiro da história do futebol sem dúvida. A sua técnica também deve ser reconhecia. É um grande goleiro. Goleiro aliás, levado à Copa do Mundo graças à grandeza do clube em que atuava. Todas as homenagens são justas. Um busto no PSJ é mais que merecido.
Mas a forma com que se deu a sua saída nos pede uma reflexão: Cássio foi mais técnico que Gilmar, Ronaldo e Dida? Porque uma coisa é ter mais títulos, ter mais jogos, ser mais recente. A outra é ter mais técnica, é ser mais representativo de uma ideia, de uma cultura, de um sentimento.
Por esses motivos, a saída do dia pra noite de Cássio pede resposta a um questionamento: será que todas as qualidades e as conquistas dele o tornam um grande goleiro ou o maior ídolo da história de 115 anos do SCCP?
Com o devido respeito aos que pensam diferente, não creio que a conexão de Cássio com o Clube e com a torcida tenha sido maior do que a demonstrada pela turma da Democracia Corinthiana – Sócrates, Wladimir e Biro-Biro. Também jamais superará o que Zé Maria representou com sua camisa sangrando ou que significou o gol do Pé de Anjo Basilio em 1977. E o que dizer dos “bandeirantes” dos títulos brasileiros: Ronaldo Giovanelli, Wilson Mano, Tupãzinho e ele o craque NETO. MARCELINHO CARIOCA, então, enfrentava praticamente sozinho a era Parmalat e nunca pipocou. É sério que Cássio expressa mais o que é ser Corinthians do que os nomes mencionados?
Não acho. Acredito que todas as homenagens devam ser prestadas ao GIGANTE. Um profissional exemplar. Um grande goleiro. O segundo jogador que mais vestiu a nossa camisa. O maior ganhador de títulos. Mas não o maior ídolo da nosssa história, porque ser ídolo no SCCP não está ligado à quantidade conquistas (ou o mandamento do corinthianismo “não vivemos de títulos, vivemos de Corinthians” não se aplica mais? ). Ser Corthians é ir além... É se sentir parte, é ter pertencimento, é ter o estado de espírito.
Sei que é polêmico e respeito a decisão do GIGANTE. Mas o maior ídolo de todos os tempos (de verdade) jamais abandonaria o seu Bando de Loucos – ou o princípio do corinthianismo – EU NUNCA VOU TE ABANDONAR – também não está valendo mais?