Acosta atuou pelo Corinthians entre 2008 e 2009

Acosta atuou pelo Corinthians entre 2008 e 2009

Foto: Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians

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'Pedia e resolvia'

Ex-atacante do Corinthians relembra rejeição de oferta do rival e exalta dia a dia com Ronaldo

Por Meu Timão

Há pouco mais de 16 anos, um uruguaio se tornava um dos jogadores mais cobiçados do futebol brasileiro. Alberto Martín Acosta Martinez, ex-atacante do Corinthians, abriu o jogo sobre sua trajetória no Parque São Jorge e a carreira no futebol.

Em entrevista ao ge.globo, Acosta relembrou momentos antes da chegada ao Timão. Em 2007, o uruguaio, aos 30 anos, foi o vice-artilheiro da Série A pelo Náutico, com 19 gols, e ficou em segundo na votação para melhor jogador em premiação da CBF, atrás apenas do ex-goleiro Rogério Ceni. O desempenho do ex-atacante chamou a atenção não só do Corinthians, mas de outras cinco equipes, incluindo o São Paulo, favorito a contratá-lo.

"O meu empresário, que era o Juan Figer, colocou para mim seis contratos em cima da mesa e falou assim: 'Escolhe aí onde você quer jogar'. Tinha proposta de Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Cruzeiro, Santos e Fluminense. A primeira coisa que falei foi que iria para quem pagasse mais. E aí o Juan Figer disse que era o Corinthians. Mas eu vi que ele não gostou e perguntei qual ele achava o melhor para eu ir. E ele me disse o São Paulo, porque iria jogar na Libertadores, era o atual bicampeão brasileiro (seria tri em 2008) e tinha o Lugano, que é uruguaio. Então eu falei: “Beleza, eu vou para o São Paulo”, disse.

Porém, os rumos mudaram com uma ligação de Andrés Sanchez, à época presidente do Corinthians. Ao saber do interesse, o ex-mandatário fez uma nova proposta a Acosta, que aumentou a base salarial do contrato, firmado por duas temporadas. O atacante não titubeou e aceitou a oferta para vestir o manto alvinegro na Série B.

"Após as férias, eu viajei para São Paulo. Na madrugada, o Figer me liga e fala: 'Acosta, Andrés Sanchez (presidente do Corinthians), soube que você ia fechar com o São Paulo e vai te fazer uma nova proposta'. Aí, às 3h da manhã, fui ao escritório e ele me mostrou a proposta. O Corinthians tinha aumentado o salário e ainda ia me dar um dinheiro na mão. Ainda fui burro porque queriam fazer um contrato de quatro anos e eu só fechei por dois porque queria ser vendido para a Europa", complementou.

Entre 2008 e 2009, Acosta realizou 39 jogos pelo clube alvinegro, anotando nove gols. O ex-atacante, apesar do título da Série B (2008), pouco jogou na primeira temporada por conta de uma fratura na tíbia, que o tirou do restante do ano. Na temporada seguinte, foi a vez de Ronaldo Fenômeno "atrapalhar" os planos de Acosta, que explicou o dia a dia com o atual CEO do Cruzeiro e rasgou elogios ao ídolo corinthiano.

"Nas primeiras duas semanas ninguém brincava com ele porque, pô, é o Ronaldo. Tinha o respeito. Eu ficava pensando 'c... como eu chego no cara?'. Mas ele foi muito sábio nas palavras porque viu que os outros jogadores estavam com muito respeito. Ele disse que estava lá para ajudar, que era mais um. Foi quando todo mundo começou a se soltar com ele. Tenho o WhatsApp do Ronaldo, mas falo muito mais com os amigos dele. Tenho várias fotos com ele, treinando, jogando... Eu tenho foto com um monte de jogador, não vou ter com o Ronaldo?", falou Acosta.

"Disparadamente, Ronaldo foi o melhor com quem joguei. Eu não acreditava naquela ideia de que jogador sozinho ganha jogo. Mas com ele eu passei a pensar diferente. Se ele dizia que iria fazer dois gols, ele fazia. Pedia a bola e resolvia. E ele estava daquele tamanho, imagina quando estava bem", finalizou.

Após a saída do Corinthians, em meados 2009, Acosta voltou ao Náutico, mas não teve sucesso. Depois, rodou o país por diversos cantos, até chegar ao Penarol, do Amazonas, e conquistar o estadual aos 43 anos. Depois foi ao Capital, do Tocatins, onde encerrou sua carreira, aos 44 anos, em 2021.

Ele também se destacou pelo Santos, do Amapá, com quatro títulos estaduais, além do início da carreira de treinador na equipe, interrompida por problemas familiares. O ex-atacante também tem um podcast e um canal no YouTube.

"Eu queria seguir a carreira e até tinha marcado para fazer o curso da CBF. Mas minha esposa tem depressão aguda e precisei me afastar do futebol. Hoje, graças a Deus, ela está melhorando. Ela é minha parceira e deixei tudo para cuidar dela. Se acontecesse comigo, ela também iria cuidar de mim", complementou Acosta.

Veja mais em: Ex-jogadores do Corinthians.

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