Preparador do Universitario se torna réu; profissional tem liberdade provisória concedida
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Por Meu Timão
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O caso envolvendo o preparador físico do Universitario, Sebastian Avellino Vargas, ganhou novos capítulos
Vitor Chicarolli / Meu Timão
O caso envolvendo o preparador físico do Universitario, Sebastian Avellino Vargas, ganhou novos capítulos nesta quinta-feira. A Justiça de São Paulo o tornou réu e, com isso, a liberdade provisória foi concedida ao profissional.
Segundo o portal ge.globo, Sebastian foi enquadrado em dois crimes. O primeiro por praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. O crime ainda conta com o agravante de ter ocorrido em um evento esportivo, com punição prevista de até cinco anos de detenção.
O segundo é por promoção de tumulto, prática ou incitação de violência em eventos esportivos, com pena de até dois anos de prisão, conforme previsto na nova Lei Geral do Esporte.
O promotor do caso, Pedro Henrique Pavanelli Lima, solicitou que Sebastian permanecesse preso preventivamente. Isso porque, uma vez que o membro da comissão técnica do Universitario é de nacionalidade uruguaia, logo, não possui vínculos com o Brasil.
No entanto, o pedido realizado pelo promotor não foi acatado e o juiz concedeu a liberdade com uma condição. O profissional tem até cinco dias para se apresentar em juízo e fornecer dados para que possa ser encontrado.
Na última terça-feira, no jogo de volta entre Corinthians e Universitario, que sacramentou a classificação do Timão na Sul-Americana, Sebastian foi lembrado. O treinador da equipe peruana, Jorge Fossati, não gostou da comemoração feita por Ryan após o gol marcado e comparou a atitude do garoto com o gesto racista do preparador físico.
Relembre o caso
Sebastian Avellino Vargas, preparador físico do Universitario, do Peru, foi acusado por torcedores do Corinthians de cometer atos racistas após a vitória do time alvinegro por 1 a 0 sobre os peruanos, na Neo Química Arena, na noite do dia dia 11 de julho, data do duelo de ida entre as equipes pelos playoffs da Sul-Americana.
Devido a ausência do Jecrim (Juizado Criminal Especial) no estádio, o membro da comissão técnica foi conduzido para a delegacia do 65º Distrito Policial na madrugada seguinte após a partida. Após depoimentos de testemunhas, ele foi preso em flagrante por injúria racial.
Em 13 de julho, a Justiça de São Paulo rejeitou o pedido de habeas corpus da defesa de Sebastian, que alegava que a prisão dele foi “desproporcional”. Na mesma data, foi divulgada as imagens das câmeras de segurança da Neo Química Arena que exibiam o uruguaio de imitar um macaco para a torcida do Corinthians antes de se dirigir aos túneis do estádio.
No dia seguinte, o preparador físico negou que havia realizado gestos racistas - mesmo com o flagrante das imagens do monitoramento do estádio - mas sim que estava levantando os braços para recolher cones. Ele ainda afirmou que foi cuspido pelos torcedores e a atitude de encará-los se deu por questioná-los, conforme consta no trecho do relatório policial.
Na última quarta-feira, o Ministério Público de São Paulo denunciou Sebastian Avellino Vargas por racismo. O promotor do caso pediu a permanência dele no Brasil.