O orçamento de 2023 do Corinthians esmiuça como o clube pretende pagar os cerca de R$ 70 milhões da primeira parcela do acordo com a Caixa Econômica Federal em novembro. Além da utilização da receita do naming rights (cerca de R$ 22 milhões), o clube prevê realocar 50% da bilheteria dos jogos da Neo Química Arena.

A informação está clara no documento enviado aos membros dos Conselhos Fiscal, de Orientação e Deliberativo do clube que o portal Meu Timão teve acesso, mais precisamente dentro das premissas 'Outras despesas com jogos'. A saber:

"Para 2023, contempla o repasse de 50% da receita bruta de bilheteria para quitação das parcelas referentes ao acordo com a Caixa Econômica Federal, efeito contábil que não ocorreu em 2022, ano em que a receita de bilheteria foi contabilizada integralmente para o clube", descreve o clube.

Na sequência do documento, as despesas oriundas do estádio são destrinchadas e o item 'Outras Despesas Com Jogos' para 2023 aparece com um valor de R$ 92,8 milhões. Esse valor contempla essa receita de 50% da bilheteria que teria de ser utilizada, além é claro dos gastos tradicionais que aparecem no borderô do jogos (INSS, CET, orientadores, INSS, taxa da FPF etc).

Em tempo: como dito acima pelo próprio Corinthians no documento, a receita de bilheteria de 2022 foi contabilizada integralmente para o clube. O Meu Timão faz o controle de todos os borderôs. O valor bruto de bilheteria após 36 jogos foi de R$ 93 milhões, com quase R$ 60 milhões líquidos.

Foi exatamente esses R$ 60 milhões que puderam ser contabilizados e usufruídos pelo Corinthians para quitação de seus compromissos ao longo desta temporada, como salários, pagamentos de direitos etc. Dinheiro esse que não existirá em 2023. Ao menos, a metade dele.

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