STJD adia julgamento de Rafael Ramos por injúria racial e acata pedido da defesa do jogador; veja
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Por Meu Timão
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STJD adia julgamento de Rafael Ramos
Silvio Avila/Getty Images
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) adiou o julgamento do lateral-direito Rafael Ramos, no caso que envolve a acusação de injúria racial a Edenilson, do Internacional. O processo iria ser julgado na próxima terça-feira, dia 30, mas foi adiado e não tem nova data para acontecer. A informação é do Uol.
O relator do processo, Cacá Cardoso, aceitou formalmente, o adiamento do julgamento. Segundo o auditor, o advogado de Rafael Ramos, Daniel Bialski, alegou que não poderia comparecer na sessão por conta de compromissos pessoais. Sendo assim, isso poderia "resultar em prejuízo à defesa", relatou Cardoso.
A defesa do jogador corinthiano, também tenta mostrar um cenário de contestação para Antônio Cesar Morant Braid, perito do laudo que apontou que o lateral português chamou o jogador do Internacional de "macaco". Segundo o advogado de Rafael Ramos, o responsável pericial é alvo de denúncias e investigações no Ministério Público da Bahia, por supostas práticas ilegais aos princípios da administração pública.
Daniel Bialski, ao pedir o adiamento, ainda na semana passada, mostrou ao STJD, necessidade de produzir novas provas para poder esclarecer melhor os fatos, contra uma perícia e diligências juntamente ao Ministério Público da Bahia, para obter as cópias nos quais Antônio está envolvido. Os processos são de dois anos atrás e dizem respeito a improbidade administrativa e prevaricação.
A parte do jogador pediu um período de 30 dias para obter a documentação completa, mas o auditor do STJD ainda não se pronunciou formalmente sobre isso. Apenas disse que " a defesa não está impedida de produzir até o julgamento quaisquer outras provas que enteder devidas".
Vale lembrar que Antônio foi contratado pelo STJD para fazer o laudo e seu resultado foi diferente de perícias anteriores, como a do Instituto-Geral de Perícias do Rio Grande do Sul. A defesa de Rafael Ramos poderia contestar a escolha do perito três dias depois a sua nomeação, mais isso não ocorreu.
O lateral português está sendo julgado com base no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que prevê uma possível punição a quem cometer algum ato discriminatório. A pena prevista é a suspensão de cinco a dez jogos, além de uma multa no valor de R$ 100 mil.