Análise: Corinthians vai a Goiânia para não jogar e fica no empate; proposta está clara
2.8 mil visualizações 58 comentários Reportar erro
![Tomás Rosolino](http://cdn.meutimao.com.br/_upload/autor/tomas_rosolino_l_m.jpg)
Por Tomás Rosolino
Xavier na partida contra o Atlético-GO, pelo Campeonato Brasileiro
Rodrigo Coca / Agência Corinthians
Todos vocês que sonharam com Libertadores da América, alguns malucos que chegaram a pensar em título: esqueçam. O Corinthians foi na noite deste sábado para Goiânia tentar não jogar. Passar o tempo, não correr riscos e buscar uma bola diante de um adversário que luta contra o rebaixamento. Acabou conseguindo.
O técnico Vagner Mancini deixou isso claro desde a escalação inicial, colocando Gabriel na vaga de Éderson para emular a ocupação de espaço do jovem utilizado recentemente, mas sem qualquer preocupação ofensiva. Gabriel entrou para correr, marcar e tirar a capacidade do Atlético-GO roubar a bola.
Como pode se imaginar de um time que entra em campo para anular o Atlético-GO, o Corinthians nada produziu no primeiro tempo. O único lance de perigo foi quando Ramiro interceptou passe do goleiro Jean e deixou a bola limpa para Davó, que perdeu a primeira chance imperdível do jogo.
Notícias relacionadas
O lance foi tão marcante que marcou a primeira desarrumação defensiva do Corinthians, amenizada com Fagner jogando a bola para escanteio. Na cobrança, porém, Marllon ficou perdido na marcação da zona e deixou o adversário cabecear livre. O zagueiro, que vinha bem, ainda quase entregou o segundo, mas Chico chutou para fora após desarmá-lo.
Mancini voltou para o segundo tempo com Mosquito na vaga de Xavier, outra vez pouco produtivo em campo. Com duas opções de maior velocidade, conseguiu empurrar o adversário para trás e arrumou um gol em pênalti sofrido por Fagner. Na minha humilde opinião, pênalti, já que o jogador do Atlético, ainda que tocando na bola, passou longe de desarmar o lateral antes de rachá-lo no meio.
Fábio Santos, um batedor confiável, converteu e fez parecer que o Corinthians ganharia vida no ataque. Com a proposta de ter mais a bola, Mancini acionou Camacho, deixou Ramiro fechando o meio-campo e o time ganhou vida. Ramiro, como sempre, foi o melhor encaixe e não deixou o Atlético jogar.
Na frente, porém, a pobreza seguiu. Ainda assim, em falha da defesa, quase o Timão vence. Davó, no entanto, finalizou mascado o toque de Luan e, sem goleiro, acabou perdendo outro gol imperdível.