Ministério Público analisará pedido da PM por mudança de Majestoso; definição deve ocorrer até terça
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Por Meu Timão
Na tarde desta segunda-feira, os ingressos para o clássico entre Corinthians e São Paulo, na Arena Corinthians, entraram à venda para todos os torcedores. No entanto, a data do jogo ainda é uma dúvida. De início, o duelo seria no próximo domingo, mas a PM enviou um ofício ao Ministério Público pedindo a mudança da data.
A ideia da PM ao enviar o ofício é evitar uma possível briga entre torcedores corinthianos e santistas, já que a equipe da baixada santista tem jogo marcado para às 16h, na Vila Belmiro, no mesmo domingo. A sede da Torcida Jovem do Santos fica na mesma região que a Arena Corinthians e isso poderia ocasionar um encontro das torcidas.
"Estamos preocupados com a possibilidade de confronto nas estações de transporte público e, por isso, fizemos a recomendação de mudança", informou ao Estado o Major Ricardo Xavier, responsável pela segurança nos estádios.
Vale lembrar que o Majestoso estava, na verdade, marcado para o próximo sábado, mas a definição de que o Corinthians enfrenta o Deportivo Lara pela Sul-Americana, na quinta-feira, fez a diretoria do clube pedir à CBF uma mudança de data. Levando em consideração o pouco tempo de descanso dos atletas, a CBF aceitou o pedido e fez a alteração do calendário, mas não pensou no duelo santista.
Com o ofício da PM em mãos, o Ministério Público pretende analisar o caso e tomar uma decisão até esta terça-feira.
"É uma questão interessante. Temos de entrar em contato também com a CBF e tentar encontrar uma solução", afirmou o promotor Pedro Eduardo Camargo Elias. Para ele, encontrar uma solução é mexer na agenda dos jogos.
O Major Xavier chegou a sugerir uma alteração de horário no jogo do Santos, propondo que o duelo acontecesse pela manhã, mas a CBF descartou a opção. Diante desse posicionamento, Xavier decidiu levar a decisão ao Ministério Público.
"É um problema para eles resolverem. Informamos que haverá transtornos e prejuízo", comentou.
"Temos outras demandas de segurança. Vou ter de tirar gente do policiamento das ruas para garantir a segurança de deslocamento de torcedor. Vale lembrar que a segurança pública é responsabilidade de todos", concluiu o Major.
Além disso, o Major lembrou a briga entre corinthianos e são-paulinos, em Ferraz de Vasconcelos, antes da primeira final do Campeonato Paulista.
"Por ser torcida única, a imediação do estádio é o que menos preocupa. Temos de reforçar as estações de trem e metrô e também monitorar possíveis combinações de briga", analisou.
A Associação das Torcidas Organizadas do Brasil se posicionou sobre o caso através de seu advogado. Renan Bohus garantiu uma conversa entre as diretorias dos três clubes e seus torcedores em pedido de paz, e afirmou:
"Com certeza o intuito é zelar sempre pela paz. Importante ressaltar também que a segurança cabe ao Estado. Por parte das diretorias das torcidas não haverá encontro. Ninguém vai organizar briga, porque isso não faz parte de torcida organizada", finalizou.