Venha fazer parte da KTO
x
Precisamos falar sobre a saúde mental dos jogadores do Corinthians
Victor Godoy

Estudante de Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero e no Meu Timão desde 2022. Corinthiano e, consequentemente, fã de futebol desde pequeno. Vivendo um sonho ao trabalhar com os dois ao mesmo tempo.

ver detalhes

Precisamos falar sobre a saúde mental dos jogadores do Corinthians

Coluna do Victor Godoy

Opinião de Victor Godoy

1.7 mil visualizações 29 comentários Comunicar erro

Precisamos falar sobre a saúde mental dos jogadores do Corinthians

A situação que Dieguinho passou no último jogo do Corinthians Sub-17 escancara que a saúde mental dos atletas precisa ser melhor trabalhada

Foto: Rodrigo Gazzanel / Agência Corinthians

O Corinthians avançou à final do Paulista Sub-17 na última terça-feira. A classificação, no entanto, entra em segundo plano ao ver um talento como Dieguinho dar um susto durante a partida. Escancara uma situação que precisa ser tratada com maior seriedade no Parque São Jorge: a saúde mental dos jogadores.

Para quem não acompanhou, o jovem meia de 16 anos teve um pico de ansiedade pouco antes das penalidades, ocasião em que o Timãozinho conquistou a classificação. Ao apito final, o técnico Guilherme Dalla Déa gerou um pouco essa reflexão e é importante questionarmos o quanto de pressão é inserida nesses atletas e como isso impacta a vida deles diretamente. Tanto por parte da família, quanto clube, torcida e imprensa.

Maior parcela desses jogadores vêm de famílias mais humildes, que depositam suas esperanças neles em busca desse sonho a ser alcançado. É uma situação bastante delicada para crianças e adolescentes que ainda estão se formando como cidadãos. Dentro do Corinthians já se tem conhecimento na base de alguns casos que apresentaram transtornos psicológicos e afetaram diretamente suas carreiras. Alguns deram a volta por cima, mas e os que não conseguiram?

Ao mesmo tempo, no profissional masculino, onde há mais pressão, vemos casos como de Yuri Alberto, que já chorou e fez promessas duas vezes ao encerrar jejuns de gols nessa temporada. É uma das referências técnicas da equipe indo às lágrimas pela má fase. Não é algo normal.

Se o camisa 9 está assim, imagina outros jogadores menos consolidados ou respeitados pela torcida. O que deve passar na cabeça de algum recém-promovido ou outro que está tentando se provar. Se tem pouco conhecimento sobre essas questões às vezes até por parte dos atletas, que muitas vezes trabalham com coachs esportivos para melhorar as mentalidades, o que não substitui um psicólogo. Não só o clube, como torcida e imprensa precisam ter um melhor entendimento dessas questões para entenderem mais o que se passa com quem veste o manto alvinegro. Não é "mimimi", é saúde!

Isso que na base ainda há acompanhamento, com psicóloga, orientadora educacional e assistente social. No profissional, não. Por mais que o clube alegue que oferece ajuda, precisa ser algo melhor incentivado.

Em meio a isso, não dá pra não falar de como o futebol feminino do Corinthians trabalha isso com maior eficácia. Djara Fortes acompanha as Brabas no dia a dia desde que a modalidade foi reativada em 2016, trabalhando com Arthur Elias para extrair o melhor das atletas de modo que elas sigam saudáveis mentalmente. Os resultados não passam só por um acompanhamento psicológico, lógico, mas tem, sim, influência direta nisso.

Enfim, é necessário que o Corinthians e sua diretoria - tanto atual quanto futura - atentem-se mais a esse fator, assim como o futebol brasileiro como um todo. Quantos outros jogadores vão precisar se perder pelo caminho para mostrar isso? Formar atletas vai muito além da parte tática e física...

O momento do desmaio de Dieguinho

Veja mais em: Base do Corinthians, Elenco do Corinthians, Diretoria do Corinthians e Corinthians Feminino.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

Avalie esta coluna
Coluna do Victor Godoy

Por Victor Godoy

Estudante de Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero e no Meu Timão desde 2022. Corinthiano e, consequentemente, fã de futebol desde pequeno. Vivendo um sonho ao trabalhar com os dois ao mesmo tempo.

O que você achou do post do Victor Godoy?