Derrota acachapante marca o fim de uma era
Opinião de Roberto Gomes Zanin
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A noite de 18 de setembro de 2019 marca, a meu ver, o final de um ciclo de 11 anos de vitórias baseadas na escola gauchesca de futebol.
E mais: mostra o duro choque de realidade e demonstra como qualquer treinador estrangeiro está a anos luz à frente dos técnicos brazucas.
Levando em conta que ambos estudaram o adversário, Miguel Ángel Ramirez dissecou o Corinthians. Carille não entendeu o Del Valle.
Para mim a humilhação tática imposta pelo técnico deles sobre o nosso foi ainda maior que a sofrida por Fábio contra Sampaoli, na semi do Paulista.
Parecia que havia quinze camisetas rosas em campo.
Carille está até agora tentando entender como neutralizar taticamente o adversário.
Se houvesse honestidade e lucidez nessa diretoria - que é motivo de chacota dos rivais e vergonha para nós - Carille e seu futebol medroso e feio seriam demitidos e um estrangeiro seria contratado.
A exceção brasileira seria o Tiago Nunes.
Até o cara do Del Valle seria uma boa.
O que não foi novidade: a fraqueza do clube na Conmebol.
Essa.diretoria sem.moral não tem condições de exigir nada.
Fagner tomou uma cotovelada criminosa, o safado viu o VAR e deu só amarelo para o agressor.
O cara tem um jogador acostumado a esse tipo de competição, como o Boselli e não põe o cara para jogar!
O Janderson come a bola e entra quando o jogo está perdido, e no lugar.do único jogador que poderia fazer algo diferente.
O Independiente sobrou fisicamente, impunha alta velocidade.ao jogo e o seu Carille coloca o lerdo Matheus Jesus ao lado do Urso, que continua hibernando.
Fagner e Gil muito mal, Matheus Vital na mesma lenga, lenga. Pedrinho também decepcionou.
O Corinthians e os demais clubes brasileiros, com raras exceções, está defasado tática e fisicamente.
Esse jogo foi uma demonstração ao vivo e em cores disso.
Essa é a realidade. Dura realidade.
Quando escrevia este artigo, ouvia a entrevista de Carille.
E ele pisou na bola ao jogar a culpa nos jovens, até para atingir Pedrinho.
Desviar o foco do baile tático que tomou, tudo bem; mas jogar covardemente a culpa nos outros é feio.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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