Um vídeo dos colchões, provenientes da permuta do Corinthians com o Grupo Gazin, tem circulado nas redes sociais, causando polêmica. As imagens, captadas pelo canal do Youtube Fala Muito Fiel, mostram os equipamentos empilhados em um ginásio dentro do Centro de Treinamento do clube.
A polêmica envolvida nesse caso centra-se na utilização dos colchões obtidos através da permuta. Afinal, o Corinthians cedeu a sua marca e um camarote à empresa em troca de 64 conjuntos de colchões e camas box para a mobília e reestruturação do hotel do CT.
O presidente Augusto Melo chegou a dizer que os equipamentos do hotel não eram trocados há muito tempo e que havia reclamações quanto ao estado das camas. Mesmo dois meses depois do acordo, porém, não houve urgência para trocas.
Em resposta ao Meu Timão, o clube explicou que recebeu os colchões da Gazin e está planejando realizar as trocas dentro do cronograma do CT. O processo aguarda a chegada do enxoval de cama, especificamente fabricado sob demanda com tamanhos e medidas específicas.
"O Corinthians recebeu os colchões da Gazin e informa que as trocas serão realizadas dentro do planejamento interno do CT, que aguarda o recebimento do enxoval de cama, já que as novas têm tamanhos e medidas específicas e estão sendo feitas sob demanda", informou o clube.
A parceria, com duração de um ano, foi fechada sem custos financeiros. Ou seja, o clube não recebeu e não receberá nenhum centavo por ela. Em contrapartida, o Grupo Gazin está estampado nas costas da camisa de treino e em uma placa de publicidade no CT.
Além da propaganda, o Corinthians cedeu um camarote da Neo Química Arena à empresa. Dirigentes informaram ao repórter Marco Bello, do Meu Timão, que se trata de um espaço "de canto" no estádio, pouco procurado. O clube costuma alugar esses camarotes por cerca de R$ 200 mil anuais.
O acordo entre as partes foi viabilizado pelo superintendente de marketing Sérgio Moura, com a participação do presidente Augusto Melo. A diretoria financeira, por sua vez, não teve conhecimento do negócio, segundo o ex-diretor Rozallah Santoro.