Em meio as investigações pelo acordo com a VaideBet, o Conselho Deliberativo do Corinthians convidou Alex Cassundé, dono da empresa intermediária, para dar depoimento. Ele, no entanto, não compareceu aos chamados do órgão alvinegro.
Segundo o jornalista Perrone, em sua coluna no UOL, a previsão é de que o depoimento ocorresse na última terça-feira, no Parque São Jorge, mas o proprietário da Rede Social Media Design, que é investigada por esquema de "laranja" pelos repasses recebidos na intermediação, não apareceu. Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo do Timão, indicou, na segunda-feira, que um convite seria feito.
"Estamos tomando as providências de competência da Comissão de Justiça do Conselho, que nunca teve. Antes, os ofícios eram para a diretoria jurídica do clube, quem decidia era o próprio diretor da gestão no poder. Quem decide é o Conselho através da Comissão. Dentro das diligências, vamos ouvir as pessoas envolvidas. Ele foi convidado, não quero falar quando para não criar tumulto. Tenho que convidar. Ele não é nem funcionário do clube", afirmou em entrevista à Rádio Bandeirantes.
Além dele, o diretor jurídico Yun Ki Lee, que deixou o clube em meio à polêmica, também não compareceu, mas deixou explicações ao colegiado, segundo a reportagem. Na quinta-feira, seria a vez de Sergio Moura, ex-superintendente de marketing, mas, a pedido do advogado, o depoimento será remarcado. As convocações são organizadas pela Comissão de Justiça do clube.
Alex Cassundé se tornou um nome conhecido no dia a dia alvinegro depois que, em abril, veio a público a presença de um intermediário no acordo entre Corinthians e VaideBet. Ele participou da campanha da eleição de Augusto Melo e Sérgio Moura teria os apresentado - clique aqui para relembrar toda a história de cinco meses da VaideBet com o Corinthians.
Depois, em maio, o jornalista Juca Kfouri divulgou em sua coluna no UOL denunciou um caso de laranja envolvendo a Rede Social Media Design LTDA, que repassou o dinheiro do intermédio para outra empresa. Este repasse, inclusive, foi confirmado pela Polícia Civil, que abriu inquérito sobre o caso.