No acordo para a rescisão do contrato de Cássio, formalizado em 17 de maio, o Corinthians assumiu uma dívida de R$ 3 milhões que tinha com o goleiro e não recebeu um centavo sequer do Cruzeiro.
A informação é da Gazeta Esportiva, que teve acesso ao documento. Nele, há duas dívidas que não foram perdoadas pelo goleiro nem usadas para compensar a liberação de Cássio para o Cruzeiro:
- R$ 1.398.993,45 de verbas rescisórias, salários, férias e 13º salário. O clube aceitou pagar em 12 parcelas de R$ 116.582,78, sendo que, se atrasar três delas seguidas, o jogador poderá executar o valor total;
- R$ 1.611,000,00 de dívida referente ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Essa foi dividida em 12 parcelas de R$ 134.250,00.
O próprio Cássio havia adiantado que não tinha abdicado dos valores que o clube devia. "Essa situação foi muito bem resolvida com o presidente, com toda a diretoria, foi tudo muito bem, isso não seria problema. (...) Foi tudo muito bem resolvido. Essa parte já é uma parte que quem cuida são meus empresários e advogados, juntamente com o presidente e diretores. Foi tudo resolvido e tudo feito tranquilamente", declarou o goleiro em sua coletiva de despedida.
Além desta dívida, o Corinthians ainda deve R$ 62,5 milhões a Carlos Leite, seu empresário, que acionou o clube na Justiça neste ano. Deste montante, R$ 7,4 milhões são referentes a acordos envolvendo o ex-camisa 12.
A diretoria alvinegra aceitou o desejo de Cássio e o liberou antecipadamente em maio, ainda que o Cruzeiro só possa inscrevê-lo dia 10 de julho, quando abre a janela de transferências. Parte disso foi a confiança em Carlos Miguel na posição. O goleiro, porém, está próximo de acertar sua ida para o Nottingham Forest, da Inglaterra.