A atacante Gabi Portilho soltou o verbo contra a organização da Supercopa Feminina. Após a classificação do Corinthians à final do torneio sobre a Ferroviária , nesta quinta-feira, na Neo Química Arena, a jogadora criticou o horário da partida.
“O futebol feminino não é um favor. Eu acho que hoje, com um jogo como esse, a rivalidade é muito grande, poderia ter sido um jogo um pouco mais tarde para lotar a Neo Química Arena. Porque isso não valoriza o Corinthians futebol feminino, valoriza o futebol feminino brasileiro”, disse em entrevista à TV Globo depois do apito final.
O embate, que iniciou às 16h15, contou com quase nove mil pessoas em Itaquera. O Corinthians, vale lembrar, detém o recorde de público em um jogo de futebol feminino na América do Sul: no pentacampeonato do Brasileiro Feminino, em 2022, com 42.566 pessoas na Neo Química Arena. No tetracampeonato paulista do ano passado, também houve arrecadação recorde em jogo da modalidade . Gabi Portilho, que deu a assistência para o segundo gol, espera que a casa alvinegra esteja lotada para a decisão.
"Porque quando a gente bate recorde, não é o Corinthians que bate o recorde, é o futebol feminino brasileiro. Eu espero que essa final, a gente possa lotar a Arena, porque jogar em casa é muito bom, é nosso 12º jogador e faz a diferença jogar em casa”, complementou.
Na final, as Brabas terão pela frente o Cruzeiro, no próximo domingo, dia 18, na Neo Química Arena. O horário, porém, ainda não foi confirmado pela CBF, entidade que organiza a competição. As críticas de Gabi Portilho ganharam apoio de Lucas Piccinato, treinador do Timão, que não concordou com a desvalorização do espetáculo .
“As coisas não podem ser como está acontecendo, vem sendo vergonhoso. E eu acho que o Corinthians é gigante. Se quiser, eu dou até uma água para não terem que engolir a gente a seco. Está triste tudo que a gente está vivendo. Mas eu espero que domingo a gente possa lotar e fazer um grande jogo contra o Cruzeiro, que é outra equipe muito qualificada”, concluiu Portilho.