O ex-presidente da CBF banido pela Fifa, Marco Polo Del Nero, cobrou a renúncia do atual mandatário da instituição, Ednaldo Rodrigues, “pelo bem do futebol brasileiro”.
Segundo Del Nero em uma coluna ao Campo Livre, do portal UOL, que cede espaço para convidados, alguns dos motivos para a saída de Ednaldo são a falta de transparência do suposto desaparecimento de quase R$ 400 milhões dos cofres da CBF em 2023 e a redução dos valores de contratos com patrocinadores pela metade.
Em abril deste ano, a CBF anunciou o arrecadamento de 1,25 bilhão, o maior da história da confederação. Entretanto, segundo Del Nero, os números atuais estão abaixo de R$ 870 milhões. Além disso, o cartola afirmou que a instituição que comanda o futebol brasileiro passou a renegociar contratos com patrocinadores, que antes pagavam R$ 80 milhões e atualmente pagam apenas R$ 40 milhões.
A insatisfação de Del Nero se dá pela desvalorização do futebol brasileiro, na qual ele enxerga que vive um “cenário caótico” sob a gestão de Ednaldo Rodrigues, e ainda citou os maus resultados em campo da Seleção Brasileira. Em resposta, a CBF afirmou que “não comenta fake news” e que atualmente realiza os maiores investimentos da sua história, como incentivos a clubes das divisões C e D e futebol feminino.
Marco Polo Del Nero assumiu a CBF em 2015, sucessor de José Maria Marin, que também foi banido do futebol pela Fifa e foi preso por corrupção. Ele foi acusado de receber 6,5 milhões de dólares para beneficiar empresas de marketing esportivo em pelo menos três competições: Copa América, Libertadores e Copa do Brasil. Del Nero havia sido banido do futebol de forma vitalícia, mas teve a pena reduzida para 20 anos de suspensão.