Nesta terça-feira, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou os áudios e imagens do segundo gol do São Paulo que culminou a eliminação do Corinthians na semifinal da Copa do Brasil. O lance em questão se deu no segundo tempo da partida disputada no Estádio do Morumbi.
De acordo com o diálogo da arbitragem, O VAR checou não só um possível toque de mão de Lucas Moura na dividida com o Cássio, mas também uma falta em cima do goleiro corinthiano e um impedimento de Wellington Rato no início da jogada. Nada foi constatado, e o gol foi validado pelo árbitro Rafael Claus.
"No ataque segue, segue. Possível impedimento, segue. Possível mão, olha como fez o gol, vamos chegar. Não, de cabeça e a bola volta nele. Na diagonal pode mostrar isso", disse Pericles Bassols, o gerente técnico do VAR no dia partida.
"Olha aqui na comemoração na esquerda, se bateu na mão vai checar, vai checar se bateu na mão, vai checar ô Claus. Ele fala que está pedindo um empurrão. Só ele que fala, o resto reclama de possível mão, os caras querem roubar. Para mim, o cara dá o peixinho e é um contato natural de jogo e a bola vai para dentro do gol", completou o observador.
"Estamos checando tudo aqui, ok? Aguarde. Não, está no meio da perna dele (Cássio), está vendo? Vai na 3A e devagar, no meio da perna. Estamos checando primeiro se o gol foi feito de mão, aguarde. Não tocou na mão, tá? Estamos checando só o APP. Não tem infração no goleiro e tudo ok, foi contato normal. Checagem completa e gol confirmado", confirmou Igor Benevuto de Oliveira, o árbitro de vídeo do jogo.
Wilson Seneme, chefe da comissão de arbitragem da CBF, defendeu o procedimento da equipe. Segundo ele, o protocolo do VAR estabelece a revisão e quando não tem evidência de toque de mão e infração, a decisão em campo é mantida.
"O protocolo do VAR estabelece erro claro e óbvio (para revisão). Quando não tem a evidência do toque de mão, não tem infração. A decisão de campo foi gol e foi mantida", disse Wilson.
O gerente técnico Pericles Bassols, disse que o VAR fez a busca de todos os ângulos, possibilidades e que não encontrou nenhum contato. Na sequência, ele destaca que há ângulos que depende da perspectiva de quem está olhando, mas que a equipe fez o trabalho de parar as imagens e casar como um quebra-cabeça.
"O mais importante é que a equipe de VAR está ativada para a possibilidade de mão. Ela faz todas as buscas, por todos os ângulos, em todas as possibilidades. Ela para em vários ângulos na possibilidade de contato e não encontra nenhum contato", disse Bassols.
"Ângulos em que a depender da perspectiva que você está olhando... a gente olhou um que parece que a mão está por trás, em outro parece que a mão está por cima. São ângulos, nunca pode tratar a imagem com um ângulo só. No VAR, a gente faz o trabalho de parar essas imagens e casar todas elas como um quebra-cabeça", completou o gerente.
Relembre o lance da partida
O lance em questão aconteceu aos 32 minutos do segundo tempo. Na jogada, Lucas Moura se infiltrou na grande área e cabeceou livre de frente para Cássio. A bola tocou na trave e voltou no atacante, que empurrou para o gol ao deslizar sobre o goleiro corinthiano.
Um dia depois da partida, imagens divulgdas pelo SPFC, serviço de streaming do São Paulo, mostrou por um outro ângulo um toque de mão de Lucas Moura . Nas redes sociais, os torcedores do Corinthians reclamaram de uma possível irregularidade no lance. O Timão, inclusive, encaminhou um ofício à CBF solicitando esclarecimentos sobre as imagens.
O Corinthians foi eliminado pelo São Paulo na semifinal da Copa do Brasil. O Timão venceu o primeiro jogo por 2 a 1, na Neo Química Arena, e foi derrotado por 2 a 0, no Morumbi. Agora, os comandados do técnico Vanderlei Luxemburgo dividem as forças na Sul-Americana e Campeonato Brasileiro.