Esta edição da Copa do Mundo marca a estreia da seleção do Catar no principal torneio do futebol. O que pouca gente sabe é que os cataris tentaram se classificar diversas vezes para o mundial e em uma dessas campanhas, para o campeonato de 2010, Emerson Sheik integrou o time catari.
Acontece que o ídolo corinthiano atuou pelo Al-Sadd, tradicional clube do Catar, entre julho de 2005 e março de 2009. Na época, o tempo de residência necessário para uma pessoa poder se naturalizar cidadão do país eram apenas dois anos. Assim, a Federação Catari de Futebol chamou o atacante para defender a seleção e o jogador topou.
Ao todo, Emerson Sheik vestiu a camisa da seleção do Catar em três oportunidades, mas como duas foram em amistosos, a Fifa só considera que o atacante defendeu o país em uma partida, na vitória contra o Iraque, em 2008, por 2 a 0, pela Eliminatórias Asiáticas da Copa de 2010. Mesmo atuando os 90 minutos, não marcou gol e nem deu assistência. E no fim, os asiáticos não se classificaram para o mundial.
Em seguida, a entidade máxima do futebol impediu o jogador de voltar a defender o país árabe, pois o atleta já havia defendido a Seleção Brasileira na Sul-Americana Sub-20 de 1999, o que impossibilitava ele de defender outra federação. O Catar quase foi punido pela escalação, mas foi absolvido.
Pelo Al-Sadd, Emerson Sheik venceu cinco torneios, sendo duas Taças do Catar, uma Sheikh Jassim Cup, uma Qatari League Cup e uma Liga do Catar. Inclusive, foi após essa passagem que o jogador ganhou o apelido de "Sheik".
Em 2011, o Corinthians acertou a contratação do atacante após ele ter seu contrato com o Fluminense rescindido. Pelo clube, entrou em campo 177 vezes e marcou 28 gols, sendo peça essencial em todas suas cinco conquistas vestindo o manto do Timão e se consagrando ídolo do clube. O atleta ganhou um Campeonato Brasileiro (2011), uma Copa Libertadores (2012), um Mundial de Clubes (2012), um Campeonato Paulista (2013) e uma Recopa Sul-Americana (2013).