As investigações do suposto caso de estupro de vulnerável praticado pelo zagueiro do Corinthians, Robson Bambu, foram concluídas pela Polícia Civil de São Paulo. O caso denunciado teria ocorrido no dia 3 de fevereiro deste ano.
De acordo com o ge.globo, a delegada Katia Domingues Salvatori, da 5ª Delegacia de Defesa da Mulher, irá elaborar um relatório que será enviado ao Ministério Público. Só depois a promotoria irá definir se apresenta a denúncia contra o zagueiro ou se o inquérito será arquivado.
Desde a denúncia da vítima, de 25 anos, a polícia de São Paulo escutou os envolvidos e colheu depoimentos de testemunhas. Além disso, a investigação também buscou imagens do hotel em que o zagueiro teria cometido o crime.
Robson Bambu segue treinando no CT Joaquim Grava e, inclusive, sendo relacionado para jogos do Corinthians. O zagueiro, porém, ainda não fez sua estreia pelo Timão. Bambu pertence ao Nice, da França, e está emprestado ao Corinthians até o final de 2022.
O caso
Na quinta-feira, 3 de fevereiro, dia seguinte à derrota do Corinthians para o Santos, que culminou na demissão de Sylvinho, Robson Bambu esteve com um amigo (conhecido como Pezinho) e mais duas mulheres numa casa noturna no bairro do Tatuapé. Na ocasião, o zagueiro ainda não tinha sido inscrito pelo Timão no Paulista.
O jogador afirma que chegou ao lugar próximo da 1h da manhã e ficou em uma mesa reservada na casa noturna. Ainda de acordo com Robson Bambu, ele pagou com as contas de seus acompanhantes. O atleta alega que houve consumo de vodka, energético, licor e água, mas nega que ele, seu amigo e as garotas tenham ficado embriagados. Após saírem do local, todos foram para um hotel.
Robson Bambu alega ter ido para o quarto com a amiga da garota que o acusou por estupro por volta das 6h30 da manhã. A outra mulher (que acusa o jogador) ficou em uma outra suíte, com o amigo do atleta. Ambos confirmaram terem mantido relações sexuais de maneira consensual. É a partir deste momento que as declarações começam a divergir.
O que diz o jogador
Em seu depoimento, Robson Bambu disse que precisava ir com seu amigo, Pezinho, assinar um contrato de locação de um apartamento, já que buscava moradia em São Paulo. Assim, o zagueiro do Corinthians afirma ter tentado ligar duas vezes para o quarto do colega, às 10h38 e 10h44, mas não foi atendido. Por esse motivo, disse ter decidido ir até o quarto do amigo, onde ficou por cerca de dez minutos.
O jogador relata que viu a mulher deitada na cama ao entrar no quarto. Segundo ele, ela estava coberta e parecia estar acordada por estar se mexendo. Ainda no relato do atleta, ao saber que eram 11h da manhã, a mulher ficou nervosa e reclamou que perderia R$ 300 de um trabalho que faria naquele dia - Robson Bambu confirmou que a garota já tinha falado sobre o compromisso ainda quando estavam rumo à casa noturna.
Robson Bambu alega não ter tido desentendimento com a mulher dentro do quarto. A discussão teria acontecido quando os dois teriam ido à suíte em que o jogador passou a noite com a amiga da vítima, que ainda estava dormindo.
A denunciante acusa o jogador teria tentado acordar a amiga jogando água nela, mas foi contida. Na sequência, ainda de acordo com o zagueiro, ela o acusou de estupro, dizendo que ele teria colocado a mão nas genitais dela. O jogador nega ter praticado qualquer violência sexual.
O que diz a denunciante
De acordo com a versão da denunciante, ela diz que estava dormindo na suíte em que esteve com o amigo do jogador e, ao acordar, se surpreendeu com Robson Bambu deitado sobre ela, nu, introduzindo o dedo na vagina dela. Ainda na versão dos fatos da mulher, ela relata que amigo do jogador, Pezinho, com quem manteve relações anteriormente, ficou observando o ato. A mulher disse ter empurrado o jogador e saído do local para procurar sua amiga, que estava em outra suíte do hotel.
O que diz o Corinthians
Na ocasião, por meio de uma nota oficial, o Corinthians afirmou que não comentaria o tema "até que todos os fatos sejam esclarecidos mediante apuração". O clube ainda destacou "não compactuar com nenhum tipo de violência".