Durante toda a segunda-feira, a Federação Paulista de Futebol se movimentou nos bastidores para tentar a liberação dos jogos da competição em São Paulo. Após reuniões com o Governo Estadual e o Ministério Público, porém, a entidade não conseguiu reverter a paralisação de, a princípio, 15 dias - entre 15 e 30 de março.
Em nota, a FPF revelou ter feito uma proposta diferente para liberação parcial dos jogos, com menos partidas, número menor de pessoas envolvidas, testes antes e depois dos confrontos, além de uma "bolha de segurança" para atletas e profissionais. Para isso acontecer, a Série A3 seria suspensa e a Série A2 seguiria parcialmente.
"Para assegurar ainda maior segurança aos profissionais, o novo protocolo criava novamente o conceito de 'Bolha de Segurança', com todas as delegações testadas e isoladas em hotéis ou centros de treinamento até o fim deste período. Sem qualquer contato externo, os clubes se deslocariam apenas para os estádios (totalmente desinfetados) e retornariam para seus alojamentos, com testagens antes e depois das partidas", explica a entidade.
Entre os tantos argumentos utilizados, a federação voltou a frisar a importância de testagem para mais de três mil atletas, além de ressaltar que nenhum outro país paralisou o futebol em uma segunda onda de Covid-19. A entidade ainda fez paralelo com restaurantes com delivery, já que o futebol segue sem público e entrega os jogos na casa do público, por meio das transmissões.
"Em nenhum dos países listados pelo Governo, o futebol foi paralisado na segunda onda de Covid-19, o que demonstra que não há qualquer referência científica internacional que embase a decisão de paralisação do futebol para combate à doença", diz o documento.
Apesar da argumentação, Governo Estadual e Ministério Público rejeitam a proposta. Com isso, a FPF planeja reunião com os clubes na tarde desta terça-feira para definir os próximos passos do campeonato - há a possibilidade de disputa do torneio em outro estado.
Em sua nota, cabe destacar, o órgão destaca que a proposta foi "rejeitada sob argumentos que fogem de qualquer conceito médico e científico já visto mundialmente no combate à Covid-19".