Ainda sem contar com Jô e Mauro Boselli, Vagner Mancini teve que continuar com Davó no comando de ataque do Corinthians nessa quarta, em eliminação para o América Mineiro na Copa do Brasil . Com as baixas e necessidade de apostar ainda mais depois da lesão de Mantuan, o técnico não esconde que o clube observa o mercado com atenção.
"O Corinthians está sempre atento ao mercado, existe dificuldade para todas as equipes diante daquilo que o mercado oferece. A gente está atento, óbvio. Sobre os meninos da base também, há uma interação grande entre os departamentos para que a gente não deixe ninguém escapar. Infelizmente teve a lesão do Mantuan, que estava se destacando nos treinamentos", pontuou, antes de valorizar Davó e pregar calma em torno da volta de Jô.
"Conseguimos encontrar o Davó, felizmente, no momento em que o Jô e o Boselli se contundiram. A volta do Jô é pensada, ele acabou antecipando a sua volta e isso gerou uma série de complicação não só de ordem física, mas também de lesões. Nosso entendimento é que o Jô retorne à equipe a partir de uma base que a gente vem estipulando", completou.
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Contratado pelo Timão em momento delicado, o treinador ainda explicou a ordem das prioridades desde que desembarcou no CT Joaquim Grava. Como a equipe tomava gols todo jogo, o treinador começou ajeitando as coisas de trás para frente.
"E sobre o ataque, a gente vem oscilando. Sempre que você chega numa equipe você determina como ponto número um ajustar o sistema defensivo. E ele está se ajustando, aí passa para o meio-campo até o ataque. Lógico que estamos falando de uma equipe grande, não tem muitos jogos para isso, mas a gente tem tentado usar as peças que tem à disposição para alcançar esse nível desejado", justificou, antes de lamentar os problemas no setor.
"Infelizmente tivemos a lesão do Cazares, não sabemos até quando vai desfalcar a equipe, mas temos jogadores que podem cumprir a função, talvez não com tanta eficiência. E assim é o futebol, não tivemos Jô e Boselli, descobrimos o Davó, tinha descoberto o Mantuan. Temos atletas desgastados pela sequência, alguns loucos para entrar, e a gente vai fazendo essa mescla", acrescentou.
Diante de toda essa situação de busca por solução dentro e fora do grupo, Mancini ressaltou o respaldo da diretoria em seu trabalho, que já tomou medidas mais bruscas como o afastamento de Sidcley e até mesmo a utilização de Davó, que quase foi parar no elenco do Sub-23.
"Me sinto respaldado, sim, temos um dia a dia muito leal no Corinthians. Importante dizer porque, em época de pandemia, muita gente não tem acesso ao nosso dia a dia. É feito de cobranças, elogios, do que o futebol oferece. A pressão não é só externa, ela é interna dentro de cada um de nós. A parte administrativa cuida de tudo que é da parte dela. Eu não cuido de parte salarial ou de qualquer outro tipo de coisa, estou aqui para tentar responder com a maior leveza possível o que eu estou vendo da equipe. Tem muita coisa a ser feita, talvez agora com a eliminação a gente tenha o tempo necessário para trabalhar melhor a equipe", concluiu.