Quase oito anos se passaram da conquista do título da Libertadores pelo Corinthians, mas a ferida segue aberta para o zagueiro Matías Caruzzo. O argentino, que foi um dos titulares do Boca Juniors naquela decisão de 2012, não escondeu a tristeza na noite desta terça-feira.
Em entrevista ao canal TNT Sports, da Argentina, o defensor relembrou o revés para a equipe de Tite que, na sua visão, não se comportava em campo como um time brasileiro.
"Analisando o que foi aquela final, eu acredito que fomos superiores em casa, diante de uma equipe brasileira completamente diferente do que, normalmente, são as equipes brasileiras. O Corinthians era mais conservador, com virtudes que pareciam mais o nosso (argentino) futebol", afirmou Caruzzo, que ainda completou:
"No Pacaembu, na volta, tivemos um primeiro tempo mais igual, poucas chances. Mas, no segundo tempo, depois do primeiro gol, aí muda tudo. Claramente muda tudo. Se tornou bastante complicado para nós e terminamos com a derrota. Lembro-me de estar no vestiário e não segurar as lágrimas porque não sabia se seria capaz de chegar a uma final da Libertadores novamente. Estar tão perto de uma conquista como aquela e não conseguir foi duro, foi a maior dor que senti na minha carreira", finalizou o zagueiro, que hoje tem 35 anos e atua no San Lorenzo.
Matías Caruzzo sempre é lembrado pelo torcedor do Corinthians porque, no segundo duelo daquela decisão, teve um dos dedos da mão mordido pelo atacante Emerson Sheik, autor dos dois gols do jogo.
O Timão conquistou o título da Libertadores 2012 de forma invicta, e com apenas quatro gols tomados em 14 jogos.