Candidato na última eleição e líder do Movimento Corinthians Grande, principal grupo de oposição do Parque São Jorge, Felipe Ezabella revelou, em entrevista concedida ao Meu Timão nesta terça-feira, que está processando o presidente Andrés Sanchez.
Os motivos que sustentaram a ação foram as fortes acusações do atual mandatário alvinegro no fim de abril - na época, Andrés atacou Ezabella e insinuou que ele teria recebido R$ 500 mil na negociação envolvendo Corinthians, Sporting, de Portugal, e Elias, em 2014.
"Todo mundo que me perguntou eu respondi, logicamente, que é mentira. Infelizmente, dentro do ambiente político, existem críticas mais ácidas, mas isso é uma mentira. Fiquei chateado porque é mais do que mentira, é um ato criminoso contra a minha honra. Eu não quis rebater em programa, isso só estragaria mais a relação. Não tenho nada pessoal contra ele, quando nós nos encontramos no clube falamos um 'oi', conversamos, tomamos cerveja se tem mais gente. E o que eu fiz foi a resposta fria da lei, ingressei com uma ação criminal contra ele, uma queixa-crime na 1ª Vara Criminal do Tatuapé, já tem parecer do promotor para a audiência. Enfim.. acredito que ele tenha sido mal orientado, espero que ele reflita e, se for o caso, se retrate e peça desculpas. Nunca recebi comissão de negociação de jogador, nunca recebi comissão do Elias em 2014, nunca recebi nenhum valor profissional ou não-profissional do Corinthians, por nada. É o que tenho a esclarecer. Fiquei chateado e recorri à lei", afirmou Ezabella, que ainda completou:
"É uma queixa-crime, contra injúria e difamação. Quando você sofre um crime contra sua honra, você fica nervoso, quer responder. Na época muita gente me ligou, um amigo criminalista me ligou, olhou e me indicou. Eu nem queria entrar, mas ele falou para entrar com o processo para ver o que acontece... se ele iria se retratar. Se ele não fizer isso, será condenado, perde a primariedade, não sei bem como funciona no criminal. Ele não vai ser preso, nem quero. Mas está lá, deixa lá. Na ação, aliás, tem o contrato que fala que nada foi pago, então é isso. Esse assunto me incomodou na eleição passada, morreu, e agora ele voltou à tona com isso. Acho que agora resolverá de uma vez por todas. Mais uns dois anos isso será julgado. Na época (que Andrés falou) eu explique que não era verdade, não quis responder mais ninguém. Agora entrei com a ação, espero que ele seja orientado, reflita e se retrata. Se não, o processo seguirá...", concluiu Ezabella, durante live do Meu Timão.
Diferente do último período eleitoral, Ezabella não deve se candidatar em 2020. Mesmo assim, ele trabalha diretamente no processo eleitoral, ao lado de Mário Gobbi, que desponta como nome forte concorrer à presidência e unir algumas chapas de oposição do clube.
Cabe destacar que apenas Paulo Garcia e Augusto Melo oficializaram suas respectivas candidaturas até o momento. Herói Vicente também aparece como opção, mas ainda não foi oficializado. O grupo Renovação e Transparência, da situação, ainda não definiu quem será seu representante.