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Opinião
O problema fundamental no time de Carille
Opinião de Walter Falceta
Bom resultado em movimentado jogo no Beira Rio. Conquistamos vantagem mínima para a segunda partida, em Itaquera.
O time de Carille já não esconde o método: retranca, sim. Entrega-se a redonda ao adversário. O time do DVD teve nesta quarta-feira 63% da posse de bola.
Nossa aposta é no contra-ataque, seja aquele originado na bicuda, seja aquele constituído na trama tecida pelos flancos do campo.
No futebol moderno, vale a compactação das linhas, assim como a rapidez nas transições. Pelo menos, é o que costuma dizer Tite, quando inquirido sobre o tema.
Para que se obtenha êxito, no entanto, requer-se precisão no passe. Essa virtude, infelizmente, falta à esquadra de Parque São Jorge.
Por vezes, porque os jogadores se movimentam distantes uns dos outros, descompactados. Noutras ocasiões, porque falta perícia no entregar e receber da pelota.
Afinal, o acerto do passe depende de quem toca a bola e de quem a recebe. Com frequência, falham ambos. Nesta noite em Porto Alegre, somaram-se 56 passes errados, um acinte.
A alma do futebol é o jogo coletivo, cuja expressão primeira é o passe.
Nesse singular quesito, o time corinthiano transformou o erro em vício.
Ainda há tempo de empreender a correção. Mas urgência é a palavra.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.