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É preciso dar um basta!
Jogos à noite viraram discussão nos últimos dias; Corinthians perdeu processo para Paulo André
Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians
Já já vai ter palhaço de circo processando o circo porque estão rindo dele...
Opinião de Rodrigo Vessoni
A discussão iniciada pelo Corinthians sobre adicional por jogos à noite e domingos, para mim, é simples.
Jogador tem mais é que entrar na Justiça mesmo quando não receber salário, direito de imagem, luvas diluídas, FGTS, férias... isso é justo. Mais do que justo. Paulo André tem direito a fazer com o Corinthians, Maicon tem direito a fazer com o SPFC, etc...
Mas adicional noturno? Domingo remunerado? Aí não dá. É preciso separar o que é direito do jogadores e algo risível. E isso é que me revolta. Essas coisas vão acabar com o produto futebol e precisam ser combatidas.
Imagine um palhaço de circo processar o circo porque tinha gente rindo dele? Ele não sabia que seria assim quando virou palhaço?
Imagine um jornalista processar a TV ou o rádio porque passou a ser xingado nas redes sociais. Mas ele não sabia que teria essa exposição?
Quando assina um contrato para ganhar milhões o jogador não sabe que vai jogar à noite e aos domingos?
Jogador de futebol querer ser tratado como um trabalhador comum não dá.
Quando um jogador tem lesão e para por dois, três, oito meses, o clube aciona o INSS pra ele como acontece com os trabalhadores? Não. O clube não apenas cumpre sua obrigação de fazer o tratamento, como segue pagando 300, 500, 700 mil de salário.
Quando a distância de um jogo para outro é de uma semana (domingo e domingo), os jogadores ganham folga de segunda e terça (às vezes até a quarta). Jogadores devolvem esses dias de descanso? Não. Entram como dias remunerados normalmente.
Em resumo: quando convém, aí vale ser trabalhador comum. Quando não convém, aí preferem ser jogador profissional.
Repito: processar por salário, direito de imagem, FGTS, férias, prêmios de títulos, etc... ok. É justo e do jogo. Ganhar a mais por jogos à noite e domingo? É piada.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.