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'Não compete a mim'
António Oliveira se esquiva de polêmicas e agradece ex-diretor pelo tempo que trabalharam juntos
Por Felipe Sales, Rodrigo Vessoni e Vitor Chicarolli
Na quinta-feira, o Corinthians anunciou o desligamento de Rubens Gomes, o Rubão, do cargo de diretor de futebol do clube. António Oliveira foi perguntado sobre a saída do cartola, se esquivou de polêmicas e agradeceu o tempo que trabalharam juntos.
“Minha competência é técnica, não é diretiva. Percebemos o que é a dimensão de um clube desses. Portanto, aquilo que posso dizer do Rubão é que no tempo em que estivemos juntos foi uma partilha de alguém que agiu com respeito e me tratou sempre bem. Agora o resto não compete a mim e sim quem gere o clube”, disse o técnico.
Rubão, diretor estatutário do Corinthians, foi um dos principais aliados políticos de Augusto Melo durante a eleição presidencial, em novembro do ano passado. A dupla já vinha construindo alianças para vencer a eleição há seis anos dentro do Parque Jorge. Ele assumiu o cargo na alta cúpula junto ao presidente, em janeiro de 2024, sendo o responsável pela negociação de atletas e montagem do elenco. A função, porém, logo foi repassada a Fabinho Soldado, atual executivo de futebol.
Como noticiado pelo Meu Timão no início deste mês, Rubão e o mandatário alvinegro entraram em rota de colisão , inclusive sem participarem de eventos ou reuniões em conjunto. Aliados de Augusto Melo pediam uma rápida solução para imbróglio , que ocorria em meio a uma sequência de derrotas do Corinthians na temporada. O diretor chegou a diminuir sua presença no CT Joaquim Grava.
O clima ruim também percorreu as alamedas do Parque São Jorge. Em entrevista, Rubão apontou um "poder paralelo" no clube, situação que gerou forte resposta de Romeu Tuma Jr ., presidente do Conselho Deliberativo. Segundo Tuma, após a aprovação das contas de 2023 do Corinthians, ambos se acertaram .
Após a demissão, o agora, ex-diretor de futebol, se pronunciou, por meio de uma nota em suas redes sociais, cobrando repostas ao presidente sobre algumas polêmicas que vieram à tona na última semana.
“Estranhei (o motivo), pois tenho consciência de que decisão como essa agita ainda mais o clube, já conturbado pelas recentes notícias sobre comissões de patrocínio, permuta de colchões, resistência à contratação do CEO e volta da equipe sub-23. Aliás, nunca deixei de questionar questões como essas, o que não deve ter agradado algumas pessoas. Pior, justamente no momento em que nosso time consegue reagir e vencer dois jogos importantes na sequência”, escreveu.
