Vendas 'à la baiana' podem render mais de R$ 30 milhões ao Corinthians em 2019
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Por Lucas Faraldo
O Corinthians faturou menos do que gostaria em 2019 com venda de jogadores, mas vai tentando, no apagar das luzes, reduzir tal rombo orçamentário. Para tal, o Timão conta com uma "mãozinha" (direta e indireta) do Bahia estimada em mais de R$ 30 milhões.
Das quatro vendas encaminhadas pelo Corinthians na atual temporada, três passam de alguma forma pelo clube de Salvador. O volante Douglas, único já oficialmente vendido, estava emprestado ao Bahia e foi negociado como PAOK, da Grécia, em junho, por 3 milhões de euros (cerca de R$ 13 milhões na época); segue com 15% dos direitos econômicos ligados ao Timão.
Nesta penúltima semana do ano, porém, surgem mais duas negociações nos bastidores do Corinthians ligadas ao Bahia. O atacante Lucca, que está emprestado aos tricolores, recebeu oferta do futebol árabe e pode ter a venda selada pelo Timão a qualquer momento. O clube alvinegro gostaria de receber algo em torno de 2,5 milhões de dólares (mais de R$ 10 milhões).
Numa outra espécie de negócio envolvendo o Bahia, desta vez mais diretamente, o Corinthians está prestes a vender o também atacante Clayson – esse diretamente ao clube de Salvador. O técnico Tiago Nunes não planejava fazer grande uso do jogador, e a diretoria já vinha tentando utilizá-lo ao menos como moeda de troca em alguma negociação.
Como os valores das negociações de Lucca e Clayson ainda são mantidos em sigilo, não é possível estimar com precisão quanto o Corinthians faturaria com as "vendas à la baiana". É provável, porém, que seja um montante de pelo menos R$ 30 milhões – se concretizadas as transações dos atacantes, claro.
Há ainda, cabe ressaltar, a iminente saída de Júnior Urso ao Orlando City, dos Estados Unidos, na possível única venda corinthiana do ano que não passa pelo Bahia. Tal negócio deve render 1 milhão de dólares ao Timão (algo acima de R$ 4 milhões).
O Corinthians tinha como meta faturar R$ 54 milhões com venda de jogadores em 2019, valor até aqui bem superior ao que, na prática, o Timão tem conseguido. Em princípio, o clube planejava uma ou duas "grande negociações" e não diversos "negócios médios".
Além da frustração orçamentária com a venda de jogadores, o Corinthians também recebeu menos do que previa com direitos de transmissão televisiva. A previsão de superávit de R$ 650 mil em 2019 se transformou num déficit projetado de R$ 144 milhões.