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Técnico do Corinthians exalta sua comissão brasileira e não vê portugueses mais evoluídos

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Por Guilherme Célio, Rodrigo Vessoni e Vitor Chicarolli

António Oliveira está no Brasil desde 2020

Danilo Fernandes / Meu Timão

António Oliveira assumiu o Corinthians no início de fevereiro, após ser o escolhido para substituir Mano Menezes. O treinador português comentou sobre o fato dos treinadores de Portugal invadirem o mercado do Brasil e defendeu os profissionais brasileiros que tem em sua comissão técnica.

"Eu volto a frisar. No ano passado, no início de temporada, era um país de oito treinadores portugueses. Eu disse assim ‘isso não é bom, porque nem todos podem ganhar’. Repare, no final da temporada só acabaram três: eu, o Abel e o Pedro. Agora voltou outra vez a vir mais, o Arthur, pro Botafogo, e o Petit, pro Cuiabá. Eu costumava dizer, não há treinadores portugueses, não há treinadores brasileiros, há treinadores competentes. Basta olhar minha comissão técnica, é brasileira", iniciou o treinador em coletiva.

"Estou aqui há quatro anos e nunca mudei para portugueses. E nunca senti falta disso. E sou muito feliz com isso. Se um dia eu tiver que ir para outro lado qualquer, se eles quiserem, eles vão. E estão convidados a irem comigo. Eu não os abdico pela importância que têm e se hoje cheguei aqui, também devo a eles, sou alguém de princípios e muito grato", prosseguiu.

O treinador iniciou sua carreira no Brasil em 2020, quando chegou para ser auxiliar técnico do Santos de Jesualdo Ferreira. No ano seguinte fez seu primeiro trabalho como técnico, no Athletico-PR e fez 40 jogos antes de ser demitido pelo clube paranaense. Na sequência, em 2022, teve breve trabalho pelo Benfica B, de Portugal, mas voltou ao Brasil, para comandar o Cuiabá.

António Oliveira desde então nunca mais deixou o país e fez trabalho sólido pelo time do Mato-Grosso, antes de chegar ao Timão em 2024. O treinador comentou sobre a preparação dos técnicos portugueses para chegarem no mercado e apontou ponto positivos dos profissionais de Portugal.

"É evidente que a escola portuguesa se preparou muito e há muitos anos, para hoje, os treinadores estarem bem preparados para aquilo que são as realidades que vão enfrentando. Eu acho que o treinador português tem uma valência muito grande: com pouco, ele consegue fazer muito. Ele consegue arranjar soluções pra basicamente tudo. Quer recursos humanos, quer recursos físicos, mas ele sempre alcança uma estratégia para se chegar ao sucesso", contou.

"Houve uma reforma muito grande nos recursos programáticos e nos cursos que se foram chegando a Portugal, há 20 anos, e hoje nós tiramos muito disso. Mas a gente que é importante, podemos ver a quantidade de treinadores portugueses no mundo. Podemos ver uma figura que é determinante, que é José Mourinho. Ele abriu portas pra outros treinadores portugueses e, aqui no Brasil, foi Jorge Jesus", analisou.

António Oliveira tem trabalho de quase três meses completos no Corinthians, onde já foram 18 jogos disputados e a apenas uma derrota nos 12 primeiros duelos. Na sequência, passou por momento conturbado, sem vencer quatro partidas seguidas e sem marcar gols. O português conseguiu gás nos últimos jogos, já que venceu dois e empatou um.

Com o seu trabalho no Corinthians, António Oliveira fez questão de exaltar a igualdade entre todos os técnicos independente da nacionalidade. O português ainda falou sobre os maiores projetos do Brasil, que são os com mais pressão em cima de resultados.

"Não estamos aqui pra enganar uns aos outros, não é por ser português, argentino, uruguaio, que somos melhores que brasileiros, temos que ver competência, a gente que está dentro do CT e o dia a dia, de como se trabalha. Isso é muito importante até para avaliarmos o trabalho de um treinador não só, apenas, pelo resultado, porque se não, não há treinadores que resistam", analisou.

"E sabe que os projetos maiores no Brasil são aqueles que têm mais pressão, que estão constantemente mudando e se reconstruindo, e isso leva tempo. Portanto, os grandes clubes, aqui, são aqueles que escolhem um caminho, acreditam nele e mais tarde ou mais cedo, acabam por ter sucesso. Vão passar por momento desafiantes, vão, mas vão acabar um dia por ter sucesso", concluiu.

Veja mais em: António Oliveira.

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